Membro da Associação Brasileira de Guarda-Parques participa de intercâmbio em Unidades de Conservação da Bolívia.
Enviado por: Edson Valduga
Saudações amigos Guarda-Parques do Brasil, venho compartilhar com vocês meu início de experiência como Guarda-parque voluntário em unidades de conservação na Bolívia.
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O Guarda-parque Edson Valduga inicia seu trabalho voluntário na Estação Biológica de Beni, Bolívia. |
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Macaco-esquilo, Estação Ecológica de Beni. Foto: Edson Valduga. |
Fui recepcionado em Santa Cruz de la Sierra pela Chefe da Estação Biológica de Beni, Carola Vaca, por Ronald Arias e pelo Chefe Guarda-Parque Jhonny Mano. Pessoas muito bacanas. Fomos juntos para a Cidade de Villa Tunari, na Província de Cochabamba, participar da reunião anual de Guarda-Parques sob o tema “Conservação + Desenvolvimento = Viver bem”. Uma experiência fantástica tendo em vista que estavam presentes membros de todas as unidades de conservação federais deste país. Foram discutidos vários temas importantes como a Prospecção de petróleo em áreas protegidas, Fiscalização, Sistemas de Informação Integrados, Papel do Guarda-Parque, Valorização das comunidades indígenas existentes dentro das unidades, Contaminação, Uso e aproveitamento sustentável de recursos naturais e Alianças estratégicas. E este encontro também promove a integração entre os Guarda-Parques. A participação neste evento proporcionou-me uma visão ampla do que é a Preservação Ambiental na Bolívia, particularidades de cada região e também um apanhado geral do trabalho do SERNAP (Serviço Nacional de Áreas Protegidas), que é o equivalente ao ICMBio no Brasil. Ao meu ver, intercâmbios desse tipo são muito positivos. uma vez que o bioma Amazônia se estende para além das fronteiras dos países, sendo esta troca de experiências muito produtiva.
Ficamos em Villa Tunari de 16 a 18 de dezembro e depois seguimos para a Estação Biológica del Beni. Beni é uma província boliviana que compreende o bioma amazônico, localizada na porção norte do país. A sede da Estação fica na cidade de San Borja e o acesso à Estação pode ser feito por terra, leva cerca de uma hora dependendo das condições da estrada, e também por água, utilizando o rio Maniqui, que delimita a Estação na sua porção mais ao sul e demora 50 minutos.
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Guarda-parques no Rio Maniqui apreendem
madeiras retiradas ilegalmente dentro da Estação |
Tive a oportunidade de acompanhar várias ações de fiscalização percorrendo o rio Maniqui e visitas as comunidades indígenas que vivem dentro da unidade. E achei muito interessante o trabalho de conscientização ambiental com essas comunidades. Com destaque para o aproveitamento sustentável dos recursos naturais. Estou empenhado na manutenção das viaturas, problema recorrente também nas unidades de conservação do Brasil, e em atividades cotidianas de manutenção das estruturas dentro da unidade. Estou achando demais essa oportunidade. Estou aprendendo muito sobre a Bolívia, sou muito bem tratado e já me consideram como um amigo. Aliás, desde o primeiro contato com os Guarda-Parques daqui já me senti em casa. Ainda devo conhecer e ajudar em outras unidades de conservação. Abraço a todos.
Parabéns amigo!!!
ResponderExcluirTenho certeza que esta experiência foi importante pra vc, bem como para a natureza, e para todos que amam e cuidam do meio ambiente!!!
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